Eikon é uma revista Open Access semestral sobre Semiótica e Cultura Visual que publica artigos em fluxo contínuo, e que admite chamadas de trabalhos temáticas e gerais. A chamada para revisores encontra-se a funcionar em permanência.
Aberta a um amplo escopo de abordagens teóricas e metodológicas, Eikon acolhe trabalhos de investigação originais na área da Semiótica, entendida como o estudo sistemático de significantes, significados, e seus efeitos. Este estudo pode tomar muitas formas: dos processos de construção do significado ao nível do sujeito, aos objetos do mundo externo, passando pela relação intersubjetiva com os outros. No primeiro caso cruza-se com a lógica e a teoria do conhecimento. No segundo, ocupando-se de fisicalidades, objetos sensíveis, toca tanto a análise do discurso, como da imagem, nas diversas linguagens que a compõem: literatura, narrativas, mensagens mediáticas e seu enquadramento, fotografia, cinema, publicidade, arte, e modalidades de expressão emergentes nestas e noutras linguagens. À semiótica no palco da intersubjetividade interessa a produção de sentido na sua dimensão pragmática, cruzando-se então o seu caminho com a retórica e a ética do discurso, a propaganda e a comunicação política.
Eikon interpreta o devir da cultura ocidental globalizada como a progressiva passagem de um universo logocêntrico – centrado no uso racional da palavra tal como emergiu na Grécia nos sécs VI e V a.C – para uma cultura crescentemente visual e centrada no uso da imagem, tão bem expressa hoje na pluralidade e omnipresença dos écrans. Essa passagem de um mundo logocêntrico ao universo do visual representa também um movimento do logos em direção ao pathos, do discurso em direção à acção e ao impulso, e tende hoje a ser percepcionada como um corte, uma verdadeira ruptura epistemológica que assinalaria a transição entre paradigmas, ao invés de se acentuarem as continuidades e dependências da coexistência entre os dois regimes, ligação intimíssima de que o funcionamento de ambos depende.
Eikon ocupa-se da semiótica e dos seus objetos, partindo da mais básica interrogação sobre o significado: “Que quer dizer tudo isto”? Ou seja, interessa-se pelo “como” e “porque” significam as coisas; e “que significam certas coisas”, que dizem elas de quem as usou para significar? São questões velhas, e novas, que se transformam e evoluem à medida que novos e diferentes meios são colocados à disposição do homem para significar.
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